Theodor Adorno

Biografia de Adorno

Theodor Adorno foi um filósofo alemão membro da Escola de Frankfurt, que buscou ligar a teoria marxista com investigações das condições materiais da sociedade atual. Com Horkheimer, Adorno deu direção filosófica à Escola de Frankfurt e a seus projetos de pesquisa em seu Instituto de Pesquisa Social.

Adorno formou-se como pianista e compositor clássico. Seus primeiros escritos foram em crítica musical, um campo que sempre ocupou um lugar especial em seu pensamento. Além da música, ele escreveu várias obras sobre questões culturais, sociológicas, literárias e filosóficas.

Logo após Adorno ter entrado para o Instituto de Investigação Social da Universidade de Frankfurt, Hitler subiu ao poder e o Instituto precisou ser fechado. Adorno mudou-se então para Oxford antes de se estabelecer na América, durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, voltou para Frankfurt, ajudando a reconstituir o Instituto e servindo como seu diretor durante os últimos anos da sua vida.

Obras de Adorno

Adorno foi bastante produtivo no período em que esteve exilado e em seu regresso. Produziu nessa época grandes obras como:

  • Dialética do Esclarecimento (1944), escrita em coautoria com Horkheimer, em que ele argumenta que a razão instrumental promete ao sujeito autonomia das forças da natureza apenas para escravizá-lo novamente por sua própria repressão de seus impulsos e inclinações. A única forma de contornar esta autodominação é o “pensamento não-identitário”, encontrado nas tendências unificadoras de uma razão não-repressiva.
  • Dialética Negativa (1966): nesta obra, Adorno fornece um relato mais geral da crítica social sob as condições de “fragmentação” da racionalização e dominação moderna. Estes e outros escritos tiveram um grande impacto na crítica cultural, particularmente através da análise de Adorno sobre a cultura popular e a “indústria da cultura“.
  • Teoria Estética (1970): Adorno sustentava que a “arte autônoma” pode abrir a realidade estabelecida e negar a experiência da reificação. A Teoria da Estética desenvolve esta ideia de arte autônoma em termos de forma estética, ou a capacidade da organização interna da arte de reestruturar os padrões de significado existentes. As obras de arte autênticas têm um “valor de verdade” em sua capacidade de trazer à consciência contradições sociais e antinomias.

Ao longo de todas as suas obras, Adorno submete à crítica o surgimento do “pensamento identitário”, a redução dos objetos a instâncias de conceitos gerais.

Escola de Frankfurt e Teoria Crítica

Escola de Frankfurt representa um grupo de filósofos, críticos culturais e cientistas sociais associados ao Instituto de Pesquisa Social, fundado em Frankfurt em 1929. Entre seus membros de destaque estavam Horkheimer, Adorno, Marcuse, Erich Fromm e o crítico literário Walter Benjamin. Habermas é o principal representante de sua segunda geração.

A Escola de Frankfurt é menos conhecida por teorias ou doutrinas particulares do que por seu programa de uma “teoria crítica da sociedade”.

A teoria crítica representa um esforço para continuar a transformação da filosofia moral de Marx em crítica social e política, enquanto se rejeita o marxismo ortodoxo como um dogma.

A teoria crítica é principalmente uma forma de fazer filosofia, integrando os aspectos normativos da reflexão filosófica com as conquistas explicativas das ciências sociais. O objetivo final de seu programa é vincular teoria e prática, fornecer insight e capacitar os sujeitos a mudar suas circunstâncias opressivas e alcançar a emancipação humana, uma sociedade racional que satisfaça as necessidades e poderes humanos.

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